O estúdio do alhures cruza os territórios da arte, da etnografia e do património para desenvolver projetos, exposições, consultoria e publicações.

Utilizando conceitos e técnicas de recolha de dados próprios das ciências sociais e humanas – como a pesquisa de arquivo, a observação participante e a entrevista – realizamos investigação e consultoria, com enfoque nos patrimónios etnográficos e nas práticas artísticas vernaculares.

Paralelamente, desenvolvemos os nossos próprios projetos, baseados nos cruzamentos disciplinares e na experimentação, focando sobretudo as transformações contemporâneas dos objetos e práticas vernaculares. Partindo da antropologia e da história da arte, procuramos habitar um lugar de interseção entre as ciências humanas e a dimensão artística, a reflexão teórica e a produção cultural. 

O nome estúdio do alhures vem reclamar, em primeiro lugar, um lugar de experimentação para as ciências humanas, já que o estúdio é um espaço usualmente destinado à prática de arquitetura e do design. O termo alhures, que significa “algures, em parte incerta”, procura remeter para um território nómada, condizente com as práticas culturais vernaculares que procura documentar e problematizar.

O estúdio do alhures é um projeto criado e desenvolvido por Maria Manuela Restivo. Conta com a colaboração recorrente de Luciano Moreira e Vera Carmo.

Contacte-nos através do email info.alhures@gmail.com.

Biografias

Maria Manuela Restivo é antropóloga e investigadora na área das práticas artísticas vernaculares. É licenciada em Antropologia pela Universidade de Coimbra, mestre em Museologia pela Universidade do Porto e doutorada em Estudos de Património – História da Arte pela mesma universidade, através de uma bolsa de estudos da FCT. Em 2016 fundou o projeto Arte Popular de Ana a Zé, dedicado à documentação da arte popular portuguesa. Dedica-se aos patrimónios vernaculares e aos cruzamentos entre etnografia e história da arte, que divulga através de textos, projetos e exposições.

Luciano Moreira Nascido no Porto em 1982, é doutorado em Media Digitais pela Universidade do Porto. Licenciou-se em Psicologia pela Universidade de Coimbra, em 2005. Em 2012, concluiu o mestrado em Psicologia na Universidade do Porto. É investigador na Faculdade de Letras da Universidade do Porto no CETAPS. As suas áreas de interesse incluem humanidades digitais, comunicação de ciência, estudos de ciência e tecnologia, representações sociais e  métodos de investigação científica.

Vera Carmo (Porto, 1980) é curadora independente e investigadora. Doutoranda em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto (FBAUP). Mestre em Estudos Museológicos e Curatoriais (2013) e Licenciada em Artes Plásticas-Escultura (2004) pela mesma instituição. Docente na Universidade da Maia (ISMAI). Integra a direção da Rampa (www.rampa.pt).  O seu trabalho tem vindo a focar a história da imagem em movimento, sublinhando-se a participação no projeto de investigação  CineVideoArt – Catálogo de Filmes e Vídeos de Artistas Portugueses (2019-2020) ou a coordenação de produção na exposição Feixe de luz: Escultura Projetada, Cinema Exposto (Centro de Arte Oliva, São João da Madeira, 2022). Dos seus projetos curatoriais destacam-se  What do U want 4 Xmas? (Rampa, Porto, 2020-2021),Transubstanciação (Poste Vídeo-Arte, Porto, 2020-2022) e a co-curadoria da exposição Guerrilla Shout-Out! Arquivo Gráfico de Alice Neel (Rampa, Porto, 2022).